Stress shielding: avaliação radiográfica após seguimento a longo prazo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

OBJETIVO: Descrever os resultados radiográficos referentes à remodelação óssea proximal adaptativa (também conhecida como stress shielding) obtidos em um grupo de pacientes que se submeteram à realização de ATQs não cimentadas com implantes do tipo AML. MÉTODOS: Foram analisados os resultados radiográficos em um grupo de 39 pacientes (44 quadris) após um período médio de seguimento de 11 anos e quatro meses, submetidos à artroplastia total de quadril não cimentada com prótese modelo AML (Anatomic Medullary Locking®, De Puy, Warsaw, USA). A média de idade dos pacientes na época da cirurgia era de 44,97 anos. RESULTADOS: A análise da remodelação óssea adaptativa foi realizada comparando-se radiografias obtidas no pós-operatório imediato e após 10 anos de seguimento. O fêmur proximal foi dividido em quatro níveis, tanto em AP quanto em perfil. Cada nível foi dividido em medial (M), lateral (L), anterior (A) e posterior (P), perfazendo um total de 16 locais de averiguação. Como os 44 casos necessitaram de exame em 32 locais (16 no pós-operatório imediato e 16 após seguimento a longo prazo), no total 1.408 observações foram analisadas. A extensão da reabsorção óssea foi dividida em quatro graus: grau 0, nenhum sinal de reabsorção óssea; grau I, com um a quatro locais de reabsorção; grau II, cinco a sete locais de reabsorção, e grau III, oito ou mais locais de reabsorção. Os locais mais comuns de reabsorção foram 1M, 1L, 1A e 1P, com aparecimento de alterações em 40 pacientes (90,90%). CONCLUSÃO: Nesta série de pacientes, o stress shielding, apesar de presente em quase todas as artroplastias realizadas, não se mostrou como fator perturbador da artroplastia nos primeiros 10 anos.

ASSUNTO(S)

artroplastia de quadril prótese de quadril reabsorção óssea radiografia seguimentos

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