The effects of programmed contingencies on the contingencies descriptions: a replication of Simonassi, Tourinho e Silva (2001) and Alves (2003) / Efeito de contingências programadas na construção de descrições de contingências: uma replicação a Simonassi, Tourinho e Silva (2001) a Alves (2003)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O presente estudo foi uma replicação dos estudos de Simonassi, Tourinho e Silva (2001) e Alves (2003) com o objetivo de investigar a influência que o comportamento não verbal pode exercer no comportamento verbal e vice e versa. Para tanto, 25 sujeitos humanos, divididos em cinco grupos, foram solicitados a realizar três tarefas distintas: a um exercício de emparelhamento da figura comparação com a figura modelo, a responder SIM ou NÃO para a indagação se sabia a solução do exercício, além de serem solicitados para descreverem como estavam fazendo para resolver o exercício. As tarefas de emparelhamento seguidas da indagação sobre a solução do exercício, ocorreram em 40 tentativas para todos os participantes divididos nos cinco grupos. O que diferenciou um grupo do outro foi o momento da solicitação da descrição da contingência: grupo GR todas em todas as tentativas, grupo GR 10 a partir da décima tentativa, grupo GR 20 nas tentativas 10 e a partir da vigésima, grupo GR 30 nas tentativas 10, 20 e a partir da tentativa 30 e por fim, o grupo GR 40, que foi solicitado a descrever a contingência por 4 vezes, nas tentativas 10, 20, 30 e 40. Os resultados foram analisados de acordo com os seguintes objetivos propostos: (1) analisar o momento (medido pelo número de tentativas) em que ocorre a descrição da contingência; (2) se as respostas certas de emparelhamento da figura comparação com a figura modelo aumentam de freqüência antes da descrição da contingência; (3) o que acontece com a freqüência de acertos nas respostas de emparelhamento dos participantes que não descreveram a contingência; (4) analisar a descrição da contingência passoa-passo, se ocorre descrições fragmentadas e (5) verificar se a solicitação da resposta SIM ou NÃO para a indagação sobre a solução do exercício, pode interferir na precisão da descrição da contingência e no momento em que as descrições corretas são feitas. Os resultados mostraram que os acertos na tarefa de emparelhamento ocorreram independentemente dos participantes saberem descrever a contingência, já que foi possível observar que os participantes que vieram a descrever a contingência, iniciaram antes disso regularidade de acertos na resposta de emparelhamento, além de alguns participantes resolverem o problema, mas não descreverem a contingência. As descrições corretas da contingência, assim como as respostas SIM que anteciparam descrições corretas, estiveram relacionadas aos acertos na tarefa de emparelhamento, não somente ao número de acertos, mas relacionadas à regularidade de emparelhamentos corretos. Os resultados mostraram que os grupos nos quais os participantes mais apresentaram regularidade de emparelhamentos corretos, grupos GR 30 e GR 40, foram os grupos nos quais os participantes por mais vezes descreveram corretamente a contingência, além disso, os participantes que apresentaram regularidade de emparelhamentos corretos mais cedo do que outros, vieram a descrever a contingência antes. Para alguns participantes, o número de oportunidade de descrição da contingência parece ter contribuído para uma elaboração da descrição correta a partir da comparação entre a descrição da contingência publicizada e as conseqüências Certo e Errado programadas para a tarefa de emparelhamento. Os resultados apresentados pelos participantes dos grupos GR todas e GR 10 e por alguns participantes dos grupos GR 20, GR 30 e GR 40, que antes de emitirem descrições corretas da contingência emitiram descrições incorretas ou descrições fragmentadas , suportam essa hipótese. Por outro lado, os resultados mostraram que os grupos nos quais a solicitação da contingência ocorreu menos vezes, ou seja, foi mais espaçada, grupos GR 30 e GR 40, foram os grupos nos quais um número maior de participantes veio a descrever corretamente a contingência. Possivelmente, a contingência programada, que solicitava a todos os participantes a resposta de informação SIM ou NÃO para a indagação sobre a solução do exercício, pode ter sido capaz de promover uma elaboração da descrição da contingência em um nível encoberto. A partir dos resultados de alguns participantes dos grupos GR 20, GR 30 e GR 40, que descreveram corretamente a contingência na primeira oportunidade que tiveram para tal, foi possível inferir que a descrição correta da contingência já havia sido elaborada antes mesmo da primeira resposta de descrição publicizada

ASSUNTO(S)

comportamento verbal contingencies descriptions, verbal behavior and non - verbal behavior interaction psicologia experimental comportamento humano comportamento não verbal descrições de contingências

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