THE ORGANIZATION AND DEVELOPMENT OF CURRICULAR TRAININGS IN TEACHERS FORMATION COURSES AT UFSM: TRAINEES AND ADVISORSS COMMITMENT / A ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE ESTÁGIOS CURRICULARES EM CURSOS DE LICENCIATURA DA UFSM: ENVOLVIMENTOS DE ESTAGIÁRIOS E ORIENTADORES

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo contribuir para uma melhor compreensão das formas de organização e desenvolvimento dos Estágios Curriculares em Cursos de Licenciatura. Nesse sentido, nos propusemos a responder o seguinte problema: Como se caracteriza a organização e o desenvolvimento dos Estágios Curriculares nos Cursos de Licenciatura da UFSM?. A pesquisa abrangeu 13 desses Cursos, a saber: Licenciatura em Letras/Português, em Letras/Inglês, em Letras/Espanhol, em Educação Física, em Química, em Física, em Ciências Biológicas, em Música, em Matemática, em Filosofia, em Geografia, em Artes Visuais e em História. Como parte das fontes de informação para o nosso estudo, utilizamos os Projetos Político-Pedagógicos (PPP) desses Cursos e as normativas legais para a Formação de Professores da Educação Básica no Brasil. Para coletar as informações junto aos sujeitos envolvidos utilizamos questionários e grupos de discussão com os alunos estagiários, e entrevistas estruturadas com os docentes orientadores de estágios. Constatamos que todas as Estruturas Curriculares dos cursos investigados adequaram-se às 400 horas previstas nas referidas normas para o desenvolvimento de seus Estágios Curriculares, porém não há um padrão mínimo quanto às formas de organização das atividades para o desenvolvimento desse estágio. Os alunos estagiários, em sua maioria, afirmaram que tiveram um bom relacionamento com os seus respectivos professores orientadores, foram bem recebidos pelas escolas campo de estágio, e se relacionaram de modo satisfatório no interior dessas escolas. As disciplinas que mais contribuíram para a realização dos Estágios Curriculares foram aquelas relacionadas ao conhecimento conceitual da matéria de ensino. Uma boa parte (58,44%) recebeu orientação mínima para conseguir vaga de estágio nas escolas, bem como, considerou sua formação inicial como um momento importante de aprendizagem que permitiu vivenciar sua opção profissional, porém alguns o consideraram como uma fase de experiências negativas devido principalmente à indisciplina dos alunos da Educação Básica, situação essa para a qual não foram preparados o que ajudou a formar uma idéia decepcionante da realidade escolar, no momento atual. Também foi possível perceber que as Escolas de Educação Básica (EEB) praticamente não acompanham o trabalho dos alunos estagiários, e, que os professores responsáveis pelas turmas pouco contribuem para a realização do Estágio Curricular, estando essa responsabilidade ainda fortemente centrada nas Instituições de Ensino Superior (IES). Das falas dos professores orientadores de Estágios Curriculares, pudemos depreender que não existem propriamente modelos de orientação, há formas peculiares de preparar os alunos estagiários para a realização do Estágio Curricular. Todos os professores entrevistados (12) utilizam as disciplinas que tratam do conhecimento pedagógico de conteúdo, para organizar e encaminhar as atividades de orientação de Estágios Curriculares. A maioria (83%) dos professores entrevistados demonstrou ter um conhecimento da existência de um Convênio firmado entre a UFSM e os Sistemas Públicos de Ensino (Programa de Práticas Educativas Interinstitucionais), contudo, este parece não ter uma função específica, nem mesmo prática ou operacional, pois os depoentes manifestaram a necessidade de firmar um novo convênio que desse suporte para auxiliar o acesso dos alunos estagiários às escolas. Pelas narrativas destes respondentes existem muitas diferenças entre as escolas no desenvolvimento dos estágios, dependendo da maior ou menor tradição da escola em receber estagiários, da exigência ou não de seguir programas-padrão (por exemplo, Programa de Ingresso ao Ensino Superior) e da maior ou menor cobrança para que seus professores acompanhem os estagiários nas suas diversas atividades. Ao longo de nosso estudo, concluímos que para haver melhorias na formação inicial, não basta a Instituição de Ensino Superior (IES) adaptar-se ao cumprimento de aspectos primários das normativas legais (tais como às 400 horas de atividades de Estágio Curricular). Faz-se necessário buscar formas de interação que estimulem um comprometimento intenso dos formadores de professores que atuam nas Escolas de Educação Básica (EEB) e nas Instituições de Ensino Superior (IES), no sentido de proporcionarem acompanhamento e auxílio, visando superar algumas dificuldades enfrentadas pelos estagiários como: a falta de orientações individuais, acompanhamento e auxílio no decorrer do desenvolvimento de seus estágios.

ASSUNTO(S)

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