The role of plasma levels of cytokines and some of their polymorphisms on the risk of venous thromboembolism. / Avaliação do papel do nível plasmático de citocinas e de alguns polimorfismos dos genes de citocinas no risco de tromboembolismo venoso.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Matos, Marinez Farana. Avaliação do papel do nível plasmático de citocinas e de alguns polimorfismos dos genes de citocinas no risco de tromboembolismo venoso. [The role of plasma levels of cytokines and some of their polymorphisms on the risk of venous thromboembolism]. Orientadora: Vânia Maris Morelli . São Paulo: s.n, 2010. [146]. Tese(Doutor em Ciências)-Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina. Resumo: Introdução: dados da literatura mostram importante interface entre inflamação e tromboembolismo venoso (TEV). Estudos clínicos, entretanto, são escassos e controversos quanto ao papel de citocinas, de proteínas de fase aguda e de alguns polimorfismos dos genes de citocinas no risco de TEV. Objetivos: conduziu-se estudo de caso-controle com os seguintes objetivos: (1) avaliar o efeito de algumas das principais citocinas que compõem a interface entre inflamação e hemostasia (IL-1 beta, IL-6, IL-8 e MCP-1) e de proteínas de fase aguda (proteína C reativa e fibrinogênio) no risco de TEV; (2) investigar a influência de variáveis clínicas e demográficas e de polimorfismos na determinação dos níveis de citocinas e do risco de TEV; (3) correlacionar níveis de citocinas e proteínas de fase aguda com marcadores de ativação da coagulação e fibrinólise em pacientes com TEV. Material e Métodos: foram investigados 122 pacientes (96 mulheres, 79%), com evento único de TEV (há >7 meses), idade mediana de 39,5 anos, com anticoagulação suspensa há mais de 1 mês e sem doença sistêmica que pudesse predispor ao TEV. O grupo controle foi constituído por 131 indivíduos saudáveis (105 mulheres, 80%), com idade mediana de 38 anos. Foram investigados os polimorfismos -511CT e -31TC da IL-1 beta, -174GC da IL-6, -251AT da IL-8 e - 2518AG de MCP-1. Resultados: sexo, idade e índice de massa corpórea (IMC) associaram-se frequentemente com os níveis de proteínas de fase aguda e de citocinas. Níveis elevados (>Percentil 90) de IL-6 [Odds ratio (OR) = 3,64; IC (Intervalo Confiança) 95% 1,82 - 7,30] e de IL-8 (OR = 2,42; IC95% 1,15 - 5,08) tiveram impacto significante no risco de TEV, que persistiu após ajuste para sexo, idade, IMC e proteína c reativa. Não foi observada correlação entre intervalo de tempo após TEV e níveis de IL-6 (r=0,064; P= 0,485) e de IL-8 (r=0,070; P= 0,442). Níveis de IL-8 e de fragmento 1+2 da protrombina correlacionaram-se positivamente (r = 0,203; P = 0,025). A mediana dos níveis de dímero-d foi maior em pacientes com níveis detectáveis de IL-1 beta comparada ao grupo com nível não detectável (P <0,0001). Nenhum genótipo dos polimorfismos pesquisados influenciou o risco de TEV e a concentração plasmática de citocinas, excetuando-se o polimorfismo -31TC da IL-1 que influenciou os níveis desta citocina em controles. Conclusões: Níveis elevados de IL-6 e de IL-8 comportaram-se como fatores de risco para TEV em uma população de pacientes relativamente jovens. A ausência de associação entre intervalo de tempo após o TEV e nível de citocina sugere que a inflamação possa não ser apenas consequência da trombose. IL-8 e IL-1 beta poderiam contribuir para um estado procoagulante em pacientes com TEV, traduzido por meio de uma associação entre os níveis destas citocinas e marcadores da ativação da coagulação e da fibrinólise.

ASSUNTO(S)

reacao de fase aguda proteinas hematologia tromboembolia venosa citocinas polimorfismo genetico fatores de risco

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