Trabalho e formação na fronteira: o caso da escola da AJOPAM Juina - MT.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

A vida na fronteira se desenrola independente das ações do Estado, todavia, sua presença é fundamental para garantir certas condições básicas dos trabalhadores que, voluntariamente ou incentivados pelos programas oficiais de colonização, vão desvendando a floresta e afirmando, inconscientemente, a condição da nação brasileira. O presente trabalho tem como objeto de estudo as ações empreendidas pela Associação Organizada de Ajuda Mutua AJOPAM - no noroeste de Mato Grosso, no que tange ao processo organizativo e pedagógico desenvolvido a partir de 1986, mais especificamente, o que se aglutinou em torno da formação/qualificação dos trabalhadores rurais, configurado na Escola de Agricultores Técnicos, cujos trabalhos, se iniciaram no ano de 1997, objetivando, pela formação, instalar uma nova concepção e relação do homem com a natureza, principalmente quando este transforma a paisagem, imaginando que os recursos naturais seriam inesgotáveis. Passados menos de vinte anos da ocupação incentivada pelo Estado na região, o descaso das políticas públicas, sobretudo as relacionadas ao meio ambiente, obrigando-nos a incorporar uma outra pedagogia da terra, não por força dos modismos pós-modernos, mas como possibilidade de as gerações futuras terem condições de sobrevivência. Desse modo, as lutas dos trabalhadores, rurais ou não, mulheres ou homens, são lutas estabelecidas na contradição das formas de trabalho que lá estão estabelecidas e que são frutos das ações dos poderes constituídos ou dos movimentos sociais que, como a AJOPAM, vão edificando novas perspectivas de trabalho em corpos marcados por sonhos, utopias, frustrações e desejos de verem, num futuro breve, melhores condições de educação, cultura, saúde, transporte e previdência social.

ASSUNTO(S)

education educacao educação trabalho formação profissional

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