Transplante autólogo de células-tronco em linfoma de Hodgkin: análise de uma opção terapêutica
AUTOR(ES)
Arantes, Adriano de Moraes, Teixeira, Frederico Saddi, Ribaie, Tathiana Maia Al, Duartec, Luciana Lobo, Silva, Cláudia Regina Abreu, Bariani, César
FONTE
Einstein (São Paulo)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-06
RESUMO
Objetivo: Relatar a evolução dos pacientes com linfoma de Hodgkin tratados com transplante autólogo após falha ou recidiva do tratamento de primeira escolha com quimioterapia e/ou radioterapia. Métodos: Foram analisados os resultados de uma análise retrospectiva em 31 pacientes submetidos a transplante autólogo como terapia de segunda escolha, entre abril de 2000 e dezembro de 2008. Quatorze homens e dezessete mulheres, com idade mediana de 27 anos, foram submetidos a transplante autólogo por linfoma de Hodgkin após recidiva (n = 21) ou por refratariedade (n = 10). Resultados: A mortalidade relacionada ao tratamento nos primeiros 100 dias póstransplante foi de 3,2%. Com um acompanhamento médio de 18 meses (variação: 1 a 88), a probabilidade de sobrevida global e sobrevida livre de progressão em 18 meses foi de 84 e 80%, respectivamente. A probabilidade de sobrevida global e sobrevida livre de progressão aos 18 meses para pacientes com recidivas quimiossensíveis (n = 21) foi de 95 e 90%, respectivamente, versus 60 e 45% para os pacientes com recidiva resistente à quimioterapia (n = 10) (p = 0,001 para sobrevida global; p= 0,003 para sobrevida livre de progressão). Na análise multivariada, a ausência de doença ou doença pré-transplante < 5 cm foi um fator favorável para a sobrevida global (p= 0,02; RR: 0,072; IC95%: 0,01-0,85) e sobrevida livre de progressão (p= 0,01; RR: 0,040; IC95%: 0,007-0,78). Conclusão: O transplante autólogo de célulastronco constitui uma opção terapêutica para pacientes com linfoma de Hodgkin após uma primeira recaída. Resultados promissores foram observados em pacientes com baixa carga tumoral ao transplante. Abordagens inovadoras devem ser buscadas para pacientes com fatores de risco para recidiva.
ASSUNTO(S)
transplante de células-tronco hematopoiéticas/quimioterapia doença de hodgkin recidiva
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