Triatomíneos no intra e peridomicílio de área endêmica de doença de Chagas no Nordeste do Brasil
AUTOR(ES)
Lima, Antonio Fernando Rodrigues, Jeraldo, Veronica de Lourdes Sierpe, Silveira, Maxwell Souza, Madi, Rubens Riscala, Santana, Thiago Bicudo Krempel, Melo, Cláudia Moura de
FONTE
Rev. Soc. Bras. Med. Trop.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-12
RESUMO
INTRODUÇÃO: O presente trabalho teve como objetivo identificar os triatomíneos coletados no intra e peridomicílio, assim como verificar a ocorrência de infecção por Trypanosoma cruzi e correlacionar essas informações às condições habitacionais e à fauna associada na zona rural de Itabaianinha, Sergipe, Brasil. MÉTODOS: Visitas trimestrais foram realizadas entre março de 2009 e março de 2010, e as casas visitadas para a busca ativa de insetos foram determinadas por sorteio. Em cada unidade habitacional, os insetos foram capturados por coleta manual com pinça e lanterna para examinar aberturas e cavidades, com um tempo de coleta de uma hora/casa/indivíduo. O desalojador químico Pirisa® foi utilizado para forçar os insetos a abandonar seus ecótopos. A análise do conteúdo intestinal dos triatomíneos foi realizado no laboratório para estabelecer a presença de tripanosomatídeos. RESULTADOS: Em 103 unidades domiciliares examinadas, 17,5% estavam infestadas por triatomíneos da espécie Panstrongylus megistus. O Povoado Mutuca apresentou a mais elevada taxa de infestação das unidades domiciliares (38,1%). Todos os povoados que apresentaram índices de infestação relevantes estavam localizados na região norte do município. A maior percentagem de infecção desse vetor foi observada no Povoado Água Boa (56,5%). As habitações rurais observadas eram em sua maioria de tijolo ou madeira com as paredes rusticamente rebocadas ou sem reboco, e o anexo frequentemente associado ao triatomíneo foi o galinheiro. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos ressaltam a necessidade de vigilância e controle vetorial mais abrangentes, bem como de campanhas educativas no contexto do PCDCh.
ASSUNTO(S)
doença de chagas panstrongylus megistus Área endemica sergipe brasil
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