Uma interpretação do Brasil como doença e rotina: a repercussão do relatório médico de Arthur Neiva e Belisário Penna (1917-1935)
AUTOR(ES)
Sá, Dominichi Miranda de
FONTE
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-07
RESUMO
A divulgação do relatório da viagem científica promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz em 1912 ao Norte e Nordeste do Brasil, realizada por Arthur Neiva e Belisário Penna, suscitou debates e ocupou espaço em revistas de letras e ciências. No documento, as populações do interior do país foram caracterizadas pelas imagens de doença, isolamento, geográfico e cultural, analfabetismo, pobreza e vocação para regredir. Essas imagens do sertão foram criticadas no periódico A Informação Goiana, editado por médicos que não admitiam ser o interior definido como 'doente' e 'atrasado'. Este artigo analisa as formas pelas quais o relatório Neiva-Penna se destacou e tornou-se referência para controvérsias intelectuais sobre a questão nacional no Brasil.
ASSUNTO(S)
viagens científicas sanitarismo sertão nacionalismo brasil
Documentos Relacionados
- Antonio Gramsci e a Revolução Russa: uma reconsideração (1917-1935)
- O "Brazil - Central" e suas potencialidades na revista a informação goyana (1917-1935)
- O incentivo à pesca comercial de Arapaima gigas (pirarucu) do rio Araguaia (Brasil central) na revista “A Informação Goyana” (1917-1935)
- Uma brasiliana médica: o Brasil Central na expedição científica de Arthur Neiva e Belisário Penna e na viagem ao Tocantins de Julio Paternostro
- Sanear é eugenizar: a eugenia “preventiva” de Belisário Penna a serviço do saneamento do Brasil, 1920-1930