Utilização da insulina glargina em crianças menores de oito anos de idade

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-08

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar prospectivamente a eficácia e a segurança da insulina glargina no controle metabólico de crianças com diabetes melito tipo 1 (DMT1) com menos de oito anos de idade. MÉTODOS: Foram avaliados 19 meninos e 11 meninas. Antes de iniciar a insulina glargina, todas as crianças foram colocadas em tratamento intensivo com insulina NPH e insulina asparte durante três meses. Posteriormente, os pacientes foram acompanhados por 12 meses para o tratamento com glargina. Todos os pacientes realizavam medidas da glicemia capilar 3-7 vezes ao dia. Desfechos principais: controle metabólico por meio da hemoglobina glicada (A1c); ocorrência de hipoglicemia leve (glicemia capilar < 60 mg/dL) e ocorrência de hipoglicemia grave (perda ou alteração na consciência, convulsão ou necessidade de intervenção médica). RESULTADOS: A1c média no início do estudo foi 8,68%, semelhante ao valor obtido ao final dos 12 meses de tratamento com glargina (8,64%; p = 0,82). A frequência de hipoglicemia leve às 3 horas da madrugada foi 1,43/3 meses por paciente com insulina NPH e de 0,28/3 meses por paciente com insulina glargina (p < 0,007). Em relação à hipoglicemia severa, houve uma diferença favorável à glargina: 0,008 versus 0,56 eventos/3 meses por paciente (p < 0,002). CONCLUSÕES: O uso da insulina glargina no tratamento de crianças com DMT1 foi considerado tão eficaz quanto o uso da NPH, apresentando, no entanto, melhor perfil de segurança caracterizado pelo menor risco de hipoglicemia noturna e severa.

ASSUNTO(S)

diabetes melito tipo 1 insulina glargina criança hipoglicemia

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