Utilização do agonista dopaminérgico pergolida no tratamento da "fissura" por cocaína
AUTOR(ES)
Focchi, Guilherme R de Azevedo, Leite, Marcos da C, Scivoletto, Sandra
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-12
RESUMO
OBJETIVOS: O estudo avaliou a eficácia e a segurança terapêutica do agonista dopaminérgico pergolida no tratamento ambulatorial da ''fissura" por cocaína. MÉTODOS: Participaram de estudo controlado simples-cego, com duração de quatro semanas, em tratamento ambulatorial, 42 pacientes do sexo masculino com idade entre 18 e 50 anos, com diagnóstico de dependência de cocaína pelo DSM-IV e primeiro grau completo. Transtornos clínicos e/ou psiquiátricos que necessitassem de internação, uso de medicação psiquiátrica, quadros psicóticos prévios independentes do consumo de cocaína e hipersensibilidade à pergolida foram critérios de exclusão. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o primeiro recebeu pergolida (0,05-0,2 mg ao dia), e o segundo, placebo (1 a 4 comprimidos ao dia). Os grupos foram comparados quanto à ''fissura'' por cocaína e aos efeitos colaterais das medicações. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos em relação à incidência de efeitos colaterais ou ao relato da redução da ''fissura'' por cocaína. CONCLUSÃO: A amostra pequena e o uso de medicação por tempo curto podem ter influído nos resultados. A pergolida se mostrou segura, com poucos efeitos colaterais. A pergolida não se mostrou superior ao placebo no tratamento da "fissura" por cocaína.
ASSUNTO(S)
cocaína sintomas de abstinência agonista de dopamina pergolida
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