Validação da curva de altura altura uterina para rastreamento de desvios do crescimento fetal
AUTOR(ES)
Djacyr Magna Cabral Paiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Objetivos: Os objetivos deste estudo foram avaliar a correlação entre o peso fetal estimado (PFE) e o peso neonatal (PN), e a capacidade do PFE predizer as alterações do peso neonatal; e validar a curva de Altura Uterina (AU) por idade gestacional construída por Freire et al. em uma amostra de gestantes de João Pessoa, PB, para rastrear os desvios do crescimento fetal e comparar o desempenho da curva validada com a curva padronizada pelo Ministério da Saúde. Método: Foi um estudo observacional de validação diagnóstica incluindo inicialmente 122 gestantes que tiveram o PFE calculado por ultra-sonografia (USG) até sete dias antes do parto. O PFE, a AU e o PN foram classificados em: Pequeno para Idade Gestacional (PIG), Adequado para a Idade Gestacional (AIG) e Grande para a Idade Gestacional (GIG), de acordo com os percentis 10 e 90 das respectivas curvas de normalidade. Posteriormente foram incluídas 753 gestantes com idade gestacional igual ou maior a 27 semanas confirmada por ultra-sonografia realizada até 22 semanas. A altura uterina foi medida conforme a técnica padronizada pelo Ministério da Saúde. O peso fetal estimado (PFE) foi determinado pela ultra-sonografia, utilizando-se como padrão-ouro a curva de Cecatti et al. Para a subamostra de 122 casos, em que o peso neonatal foi obtido até sete dias após o PFE, a classificação da AU foi confrontada com a curva de peso neonatal de Lubchenco como padrão-ouro. Foram calculados a sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo. Para comparar o desempenho da sensibilidade, foi utilizado o teste do ?2 de McNemar. Resultados: Houve uma elevada correlação linear entre o PFE e o PN (R= 0,96) e a diferença entre eles variou entre -474g a + 480g, com média de +3g. O PFE teve sensibilidade de 85,7% e especificidade de 94,4% para detecção de PIG e de 83,3% e 81,7% para GIG. Para detecção de PIG, a sensibilidade da curva de Freire et al foi 51,6% com a curva de PFE como padrão-ouro e 85,7% com a curva de Lubchenco, enquanto que a sensibilidade da curva do Ministério da Saúde foi respectivamente 12,5% e 42,9%, significativamente menores. Conclusões: o PFE é capaz de predizer adequadamente o PN, e a curva de PFE de referência teve bom desempenho no rastreamento dos desvios do crescimento fetal, quando utilizada nesta população. O desempenho diagnóstico na detecção de fetos PIG da curva Freire et al foi significativamente melhor que o da curva do Ministério da Saúde
ASSUNTO(S)
gravidez peso ao nascer ultra-sonografia recem-nascidos - peso baixo utero - medição
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000388149Documentos Relacionados
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