Variações isotópicas de C, O e Sr em rochas carbonáticas do Neoproterozoico-Cambriano da Formação Sete Lagoas (Grupo Bambuí), no Sul da Bacia do São Francisco, Brasil
AUTOR(ES)
Guacaneme, Cristian, Babinski, Marly, Paula-Santos, Gustavo Macedo de, Pedrosa-Soares, Antonio Carlos
FONTE
Braz. J. Geol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
21/08/2017
RESUMO
RESUMO: Dados quimioestratigráficos de alta resolução em carbonatos da Formação Sete Lagoas (Grupo Bambuí) apresentam grandes variações nas composições isotópicas de C, O e Sr. Os calcários impuros na base da unidade mostram valores primários de δ 13C entre -1,0 e 0‰ e de δ 18O, entre -12,0 e -8,0‰. No entanto, alguns níveis de dolomitos indicam valores de δ 13C variando de +2,8 a -6,8‰ e razões 87Sr/86Sr altamente radiogênicas (>0,7111), além de baixas concentrações de Sr (<350 ppm) relacionadas a processos pós-deposicionais. Em contraste, os calcários puros no topo da unidade demonstram valores de δ 13C muito positivos entre +8,3 e +12,8‰, de δ 18O entre -10,0 e -6,0‰ e razões 87Sr/86Sr de 0,7073 a 0,7086, com altas concentrações de Sr (>900 ppm). Esses estão ligados a controles deposicionais na plataforma carbonática, tais como fluxos de água fluvial e/ou submarina, em que os carbonatos depositados no setor proximal exibem variações isotópicas de Sr significativas e os depositados no setor distal não estão sujeitos a tais controles, resultando em perfis isotópicos de Sr homogêneos. No entanto, as razões 87Sr/86Sr dos carbonatos distais são menos radiogênicas do que aquelas esperadas para o Ediacarano tardio (~0,7085). Essa discrepância sugere um ambiente deposicional em uma bacia marinha restrita, sem homogeneização isotópica de Sr com oceanos contemporâneos e, neste caso, as correlações globais baseadas na estratigrafia isotópica de Sr não são confiáveis.
ASSUNTO(S)
isótopos carbonatos grupo bambuí ediacarano
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