Video popular : a concepção e a pratica comunicacional de grupos vinculados aos movimentos sociais e populares em Natal

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1995

RESUMO

Desde que surgiu no mercado, o vídeo tem provocado grande interesse em função das possibilidades de uso, fácil operacionalidade e relativo baixo custo. Para além do uso doméstico, sua utilização sistemática alcançou rápida evolução. De mero suporte para outros meios como o cinema e a TV, ele passa a explorar possibilidades de conteúdos e públicos específicos, criando modos de produção e exibição próprios em tomo de projetos educacionais, culturais e políticos. Dentre a diversidade de experiências que viabilizou, esta pesquisa tratará daquela que objetivou, nos anos 80, vincular o instrumento videográfico aos movimentos populares e sociais - e que se convencionou chamar "vídeo popular" -por ter sido concebida como a possibilidade de expressão das camadas populares, face o contexto crescente de monopolização dos meios de comunicação, no Brasil. Apesar da força com que se disseminou -em 92 eram mais de 200 grupos de norte a sul do País -poucos estudos têm sido realizados sobre o vídeo popular. Ao mesmo tempo, a identificação de contradições face os objetivos da proposta, leva à necessidade de investigações na direção de alguns aspectos de sua base conceitual. Neste sentido, a questão da participação será destacada, por ter sido colocada com a responsável maior pelo que há de mais inovador, na proposta, assegurando o equilíbrio nas relações entre emissor e receptor e, conseqüentemente, a coerência aos objetivos traçados. Com intenção de aprofundar a reflexão neste sentido, esta pesquisa objetiva analisar a relação entre concepção e prática de grupos de vídeo popular, em Natal, onde se verifica um quadro típico do monopólio dos meios de comunicação de massa pelos grupos economicamente dominantes, a nível local. Visando alcançar este objetivo, partiu-se para a análise de três grupos de vídeo que constituem um primeiro exercício de alternativa sistematizada a este monopólio, no plano eletrônico. A partir de entrevistas, documentos escritos e análise do material produzido, pôde-se compor um quadro global do uso do vídeo vinculado aos movimentos sociais e populares, em Natal Résumé: Des qu il est apparu au marché, la vidéo a provoqué grand intérêt à cause de ses possibilités d emploi et manipulation faciIe à un côut relativement bas. Au delà de l usage domestique, son utilisation systématisé a vite évolué. Utiliseé au debut comme véhicule pour des moyens de communications comme le cinéma et la télé, elle passe à explorer des possibilités de contenus et publiques spécifiques, en créant ses propres façons de production et exhibition autour des projets éducationnels, culturales et politiques. Parmi la diversité d expériences que la vidéo a viabilisé, cette recherche travaillera sur celle qui a objectivé, dans les années 80, associer l outil videographique aux mouvements sociaux et populaires -et qu on a appelé "vidéo populaire" -car elle a été conçue comme la possibilité d expression des couches populaires, devant le contexte de monopolisation des moyens de communications, au Brésil. Malgré la force avec laquelle la vidéo populaire a été diffusée -en 1992 il y avait plus de 200 groupes du nord au sud du Pays -on en a tres peu étudié. Au même temps, on identifie des contradictions face aux objectives de sa proposition, ce qui montre la nécessité d investigation vers quelques aspects de sa structure conceptuelle. Comme ça, on va mettre en valeur la question de la participation, qui est considéré la responsable pour ce qu il y a de plus innovateur dans ce projet, en assurant l équilibre des relations entre ces qui émittent et ces qui reçoivent le message et, en consequence, la coherence face aux objectives tracés. Dans la perspective d approfundir cette question, on va analiser la relation entre conception et pratique de groupes de vidéo populaire, à Natal, ou la monopolisation des moyens de communication massives s impose par les groupes dominants économiquement

ASSUNTO(S)

arte e comunicação movimentos sociais video - arte - natal (rn)

Documentos Relacionados