Voz e stress no cotidiano de professoras disfônicas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Este estudo teve como objetivo investigar o impacto da voz e os sintomas de stress em um grupo de professoras disfônicas, comparando-os aos achados em grupo controle formado por professoras sem alteração vocal. Métodos: Foram avaliadas 21 professoras com diagnóstico de disfonia na faixa etária de 23 a 41 com média de idade de 33,71 anos. O grupo controle foi composto por 14 professoras que não apresentavam disfonia na faixa etária de 25 a 37 anos com média de idade de 31,54 anos. Para mensurar o impacto da voz foi aplicado o Voice Handicap Index (VHI), proposto por Jacobson et aI. (1997). Para avaliar se a professora possuía sintomas de stress, o tipo desse sintoma (se físico ou psicológico) e a fase do stress em que se encontrava foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), validado por Lipp e Guevara (1994). Resultados: Os resultados demonstraram que há diferença significativa entre os dois grupos estudados quanto ao impacto da voz, o que significa que as professoras com alterações vocais sentem-se mais impactadas pela suas vozes do que as não disfônicas e que esse impacto é percebido em nível de sintomas físicos do tipo falta de ar e esforço para falar. Os dados obtidos no ISSL demonstraram que 47,6% das professoras com alteração vocal (GPA) não referiram sintomas de stress e 42,9% possuem sinais de stress da fase de resistência. Para o grupo de professoras não disfônicas (GPS), 50% não apresentaram sintomas de stress e 37,7% possuem sinais de stress da fase de resistência. Com relação ao tipo de sintoma apresentado, 42,9% das professoras do GPA e 35,7% do GPS sentem sintomas físicos do stress. Não foi encontrada correlação significativa entre disfonia e presença de stress. Conclusão: O impacto da voz é maior para professoras com disfonia. As professoras de ambos os grupos demonstraram sinais de stress excessivo, mas as professoras com diagnóstico de disfonia não apresentam stress em maior nível do que as professoras sem diagnóstico de disfonia. Não foi encontrada correlação significativa entre stress e alteração vocal

ASSUNTO(S)

fonoaudiologia docentes disfonia voz stress ocupacional

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