Chover, mas chover de mansinho: desastres naturais e chuvas extremas no Estado do Ceará. / Raining, but raining softly: natural disasters and extreme rainfall in the state of Ceara.
AUTOR(ES)
Jander Barbosa Monteiro
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/03/2011
RESUMO
a década de 1940, 26% dos brasileiros habitavam áreas urbanas. Esse número aumentou consideravelmente e, na década de 2000, chegou a 80%. Essa urbanização também significou maior impermeabilização do solo, edificação nas várzeas, canalização dos rios e riachos, etc. (CUNHA, 2006). A urbanização significou uma maior possibilidade de desastres naturais. No Estado do Ceará, há notícias de dois tipos de desastres naturais: a estiagem e as inundações das cidades. Por isso, esta pesquisa discute estatisticamente (através da técnica dos quantis) quais são os valores normais para a chuva no Estado do Ceará em 30 anos (1980 a 2009). A pesquisa também avalia sinais de impactos socioambientais associados a desastres naturais no período de 2001 a 2009. No final, sugere-se uma elaboração de um Sistema de Informação Geográfica (SIG) que analisaria episódios de chuvas extremas e informa a possibilidade de desastres naturais. Para atingir aqueles objetivos foi realizada uma pesquisa documental na: Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) e na Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado do Ceará (CEDEC). Depois foi feita uma revisão da definição de desastre natural, ameaça, vulnerabilidade, risco e dos métodos de investigação cientifica do banco de dados chamado: Emergency Events Database EM-DAT. O resultado do exame dos decretos de situação de emergência, de estado de calamidade pública e a quantidade de pessoas atingidas por estiagens ou inundações mostram que esses desastres naturais no Estado do Ceará são recorrentes. Em muitas cidades do Ceará há sinais de vulnerabilidade social e ambiental. As cidades do Ceará não estão preparadas para enfrentar as estiagens ou inundações. Mesmo em situação de risco, as comunidades e os governos não costumam tomar medidas preventivas ou mitigatórias. Os custos econômicos, financeiros e emocionais da reconstrução das cidades atingidas por desastres naturais (R$ 1,1 bilhões) são onze vezes maiores do que os gastos com prevenção (R$ 100 milhões). Evitar a ocorrência dos desastres naturais talvez seja impossível. Mas é possível minimizar seus efeitos.
ASSUNTO(S)
medidas mitigatórias natural disasters social and environmental vulnerability desastre natural vulnerabilidade socioambiental geografia mitigation
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=565Documentos Relacionados
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