Parto cesáreo e outros riscos para hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido
AUTOR(ES)
Araujo, Orlei Ribeiro de, Albertoni, Andréa de Cássia Stéfano, Lopes, Vanessa Aparecida Aguiare, Louzada, Maria Eduarda Roses, Lopes, Alexandre Ordones, Cabral, Eloíza Aparecida Ferreira, Afonso, Marta Rodriguez, Araujo, Milena Corrêa
FONTE
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar os riscos para hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido, confirmada por ecocardiografia, associada a partos cesáreos e outros fatores. MÉTODOS: Coorte de todos os nascimentos com idade gestacional acima de 36 semanas em um período de 23 meses. Um estudo caso-controle aninhado foi feito em uma parte da coorte, envolvendo um grupo de recém-nascidos com diagnóstico de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido comparados com um grupo de controles normais, com aplicação de questionários às mães para identificação de riscos. Regressão logística foi utilizada para calcular odds ratios. RESULTADOS: De 9452 recém-nascidos, 8388 (88,7%) nasceram de cesáreas, e 1064 (11,3%) de parto vaginal. Questionários foram aplicados a 173 mães. Recém-nascidos de cesáreas apresentaram um risco 5 vezes maior de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido: 42 casos (0,5%) versus 1 caso (0,09%) entre os de partos vaginais (OR 5,32, p=0,027). Não foram observadas interações entre tabagismo, paridade, hipertensão arterial materna e trabalho de parto antes da cesárea e a hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido. Apgar no 1º minuto <7 e diabetes materno se relacionaram a um risco aumentado. CONCLUSÃO: A redução do número de partos cesáreos poderia prevenir muitos casos graves de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido.
ASSUNTO(S)
hipertensão pulmonar recém-nascido cesárea fatores de risco